A Psicomotricidade é uma prática pedagógica educativa, reeducativa e terapêutica. Tem como objetivo principal colaborar para o desenvolvimento global da criança no processo de ensino-aprendizagem, através da relação existente entre a motricidade, a mente e a afetividade, utilizando toda sua técnica para a estruturação do esquema corporal.
Através das mais variadas atividades psicomotoras lúdicas, as crianças, além de se divertirem, criam, interpretam, vivenciam e se relacionam consigo mesmas e com o mundo ao seu redor. As crianças buscam no brincar espontâneo e nestas vivências corporais, uma forma de organizar seu esquema corporal.
Atualmente, cada vez mais os educadores recomendam que os jogos, as brincadeiras e atividades lúdicas ocupem um lugar de destaque no programa escolar desde a Educação Infantil.
É importante salientar que o movimento é a primeira manifestação na vida de todo ser humano, pois desde a vida intra-uterina realizamos movimentos com o nosso corpo, movimentos estes que vão se estruturando e tornam-se cada vez mais complexos, exercendo enorme influência no desenvolvimento humano global.
As primeiras evidências de um desenvolvimento mental normal são manifestações puramente motoras.
Diante disso, percebe-se a importância do trabalho da psicomotricidade e das aulas de Educação Física, no processo de ensino-aprendizagem. Ambas as áreas são campos de atuação nos aspectos afetivos e motores, simbólicos e cognitivos. As crianças usam o corpo para demonstrar o que sentem, já que muitas vezes não conseguem verbalizar suas emoções.
Segundo Barreto (2000), “O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcionalidade, da lateralidade e do ritmo”.
Entender os processos relacionados à motricidade e desenvolvimento infantil é de extrema importância para o planejamento pedagógico e psicopedagógico. Percebemos, nos dias de hoje, várias crianças apresentando dificuldades na aprendizagem e na maioria das vezes, como causa, observamos a inadequação de estimulação adequada desde a educação infantil, ou seja, crianças que chegam ao ensino fundamental I, sem o pré-requisitos básicos para o início do processo de alfabetização. Mostram-se desmotivadas e com dificuldade de brincar e usar o corpo como fonte de aprendizagem formal. Contudo, este quadro pode ser evitado e/ou alterado de forma muito positiva, se as instituições responsáveis pela Educação Infantil adotarem o "brincar" e o “movimento corporal” como recursos diários em seus planejamentos.
A criança que tem o privilégio de fazer parte de uma Educação Infantil que enfatize as brincadeiras e o “brincar” espontâneo, certamente não encontrará dificuldades no processo de alfabetização e se tiver algum diagnóstico de distúrbio de aprendizagem, com certeza estará mais motivada e preparada para as experiências de aprendizagem formal. Em contrapartida, quando estas atividades são excluídas do cotidiano das pré-escolas, os danos se estenderão por boa parte ou infelizmente, por toda a vida escolar da criança.
O professor deve estar sempre atento às etapas do desenvolvimento infantil, colocando-se na posição de facilitador da aprendizagem e utilizando seu trabalho no respeito mútuo, na confiança e no afeto.
AS CRIANÇAS AGRADECEM!!!
Postado por Renata de Jesus Alves. Professora de Educação Física, do Ensino Fundamental I da Rede Pública Estadual de SP. Pós-graduanda em psicopedagogia.
Eu que tenho irmã professora, esposa professora e trabalho em escola agradeço pela dica.Estarei sempre atento.
ResponderExcluir